O senador
Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou nesta quinta-feira (26), à Polícia Federal em
Brasília, que pretendia "ajudar" o ex-diretor da Petrobras Nestor
Cerveró a sair da prisão por "uma questão humanitária". Delcídio
prestou depoimento na Superintendência da PF, onde está preso preventivamente
desde quarta (25). Ele negou que buscasse impedir Cerveró de fazer acordo de
delação premiada. Em uma conversa que Bernardo gravou com seu telefone celular
no dia 4 de novembro, o senador disse que intercederia no Supremo Tribunal
Federal para ajudar o ex-diretor a conseguir um habeas corpus. Questionado pela
PF sobre expressões utilizadas no diálogo, Delcídio afirmou: "Foram com
intuito de dar uma palavra de esperança e de conforto para o familiar de um réu
que está preso, mas jamais falei com qualquer ministro do STF sobre o
assunto." De acordo com o petista, ele foi procurado pelo filho do
ex-diretor da Petrobras por meio do advogado. "Apenas dei essa
palavra de conforto vendo o desespero do filho de um dos presos. Ele (Bernardo)
se apresentou a mim pedindo ajuda. Eu disse que ia ajudar e tentar interceder,
mas isso foi apenas uma questão humanitária, para confortar o familiar do réu
preso da Lava Jato", afirmou o senador à PF. No diálogo gravado por
Bernardo, Delcídio, um assessor de seu gabinete e o advogado Edson Ribeiro
chegam a planejar um roteiro de fuga para Cerveró deixar o Brasil após
conseguir a liberação pelo Supremo. A intenção, conforme os relatos, era levar
o ex-diretor da Petrobras para a Espanha. O senador foi confrontado com o
áudio da conversa com o filho de Cerveró e reconheceu sua voz na gravação.
"O senador deu as explicações de maneira contundente", afirmou seu
advogado, Maurício Silva Leite. Ele disse que o petista aguarda "sereno o
desenrolar das investigações, mas muito chateado".
Bahia Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário