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Divulgação/Ministério da Justiça Polícias civis de 17 estados já prenderam 82 pessoas
durante a mega operação Luz na Infância, de combate à pedofilia
O número de presos na megaoperação Luz na
Infância chegou a 108 na tarde desta sexta-feira (20), informou o Ministério da
Justiça e Cidadania. Policiais civis de 25 estados cumprem 178 mandados de
busca e apreensão relacionados à prática de pedofilia. Ao deparar com material
pornográfico de crianças e adolescentes na casa dos suspeitos, os agentes
efetuam as prisões, em flagrante.
Segundo
o ministério, os detidos são suspeitos de disseminar pornografia infantil e
pedofilia na internet e, em alguns casos, eles eram também os responsáveis pela
produção do material.
A
operação é considerada uma das maiores do mundo no combate à pedofilia e
envolve 1,1 mil policiais. O trabalho de investigação durou seis meses, e o
número final de presos e mandados cumpridos será divulgado pelo Ministério da
Justiça até o fim do dia. As investigações agora vão apontar se os detidos
fazem parte de quadrilhas nacionais e internacionais ou agiam sozinhos. Também
não foram divulgadas informações consolidadas sobre o perfil das pessoas que foram
presas.
Na
operação, a Diretoria de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança
Pública (Senasp) contou com o apoio de parceiros nos Estados Unidos e na União
Europeia, que colaboraram com a troca de informações e softwares necessários
para monitorar os criminosos. Mais de 150 mil arquivos com conteúdo
pornográfico de menores de idade foram encontrados pelas investigações.
As
informações sobre os suspeitos foram reunidas e encaminhadas pela Senasp às
polícias civis dos estados, que têm jurisdição sobre o crime e deram
continuidade às investigações. No Amapá e no Piauí, o trabalho não foi
concluído a tempo da deflagração da operação, que envolveu os demais estados e
o Distrito Federal. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse que o
trabalho continua e mais mandados podem ser emitidos nos próximos dias.
Torquato
Jardim concedeu entrevista coletiva na sede da Superintendência da Polícia
Federal no Rio de Janeiro e destacou a importância da cooperação internacional
em tecnologia para a segurança pública no Brasil, explicando que os principais
crimes que precisam ser combatidos no país são praticados por quadrilhas que
têm ligações transnacionais, como os crimes cibernéticos e os de tráfico de
drogas, armas e pessoas.
"Nada
se passa no espaço exclusivo do território nacional. A integração federativa é
fundamental, e a integração internacional não é menos fundamental em
tecnologia. Essa é uma tecla [em] que o Ministério da Justiça bate muito",
afirmou o ministro.
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